Se pode ser dengue, pode ser grave. Mas com cuidados dentro de casa, podemos evitá-la. A prevenção, aliada à atenção aos sintomas e à procura por atendimento de um profissional de saúde, é a chave para evitar complicações.
A proliferação do mosquito está diretamente relacionada à água parada em recipientes comuns. Fabiano Geraldo Pimenta Junior, secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), esclarece: “Para que nós possamos evitar o surto de arboviroses, a sinergia das ações do Poder Público, com a visita dos agentes, com as ações intersetoriais de coleta de lixo, de continuidade de abastecimento de água, da visita domiciliar dos agentes nas casas com as orientações, seja os agentes de combate a endemias, assim como os agentes comunitários de saúde, destinar dez minutos por semana na nossa casa, no nosso ambiente de trabalho, verificando se existe alguma coisa no quintal acumulando água.”
Veja cuidados simples que fazem a diferença:
• Garrafas e recipientes: Armazene com a boca para baixo
• Guarde de cabeça para baixo garrafas, potes e vasos.
• Descarte garrafas PET e outras embalagens sem uso.
• Coloque areia nos pratos de vasos de planta.
• Guarde pneus em locais cobertos ou descarte em borracharias.
• Amarre bem os sacos de lixo.
• Mantenha a caixa d’água, os tonéis e outros reservatórios de água limpos e bem fechados.
• Não acumule sucata e entulho.
• Limpe bem as calhas de casa e as lajes.
• Instale telas nos ralos e mantenha-os sempre limpos.
• Limpe e seque as bandejas de ar-condicionado e geladeira.
• Elimine a água acumulada nos reservatórios dos purificadores de água e das geladeiras.
• Mantenha em dia a manutenção das piscinas.
• Estique ao máximo as lonas usadas para cobrir objetos, evitando a formação de poças d’água em caso de chuva.
• Receba bem os agentes de saúde e os de endemias.
O gestor destaca a importância da esfrega na limpeza: “E por que lavar com bucha? Não é só jogar água fora do pratinho. Porque a ação de esfregar com a bucha vai eliminar os ovos do mosquito Aedes aegypti que ficam grudados ali na parede daquele prato de vaso de planta e pode ficar ali até um ano resistindo se tem um novo contato com a água ele retoma o ciclo evolutivo do mosquito.”
Além da prevenção, o Ministério da Saúde recomenda a busca por atendimento ao primeiro sinal da dengue. Fique atento! Febre, dor de cabeça e/ou atrás dos olhos, dor nas articulações, moleza e enjoo são sinais de dengue.
O secretário Fabiano Geraldo orienta: “O objetivo é tratar da maneira mais simples possível, e isso significa procurar a unidade de saúde de maneira precoce, evitando complicações, necessidades de internação hospitalar, que são evitáveis.”
Casa limpa e atendimento rápido: essa é a fórmula para vencer a dengue.
Para mais informações, acesse gov.br/mosquito ou ligue para o OuvSUS no 136.
Zika e Chikungunya, assim como a dengue, são doenças causadas por arbovírus transmitidos pelo aedes aegypti. Por apresentarem sintomas iniciais parecidos, como febre e dores no corpo, muitas vezes são confundidas. No entanto, cada uma tem suas particularidades e exige cuidados específicos. Por isso, estar atento aos sinais e buscar orientação médica logo nos primeiros sintomas é essencial para o diagnóstico correto e o tratamento adequado.
Segundo Fabiano Geraldo Pimenta Junior, secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde, alguns sintomas são sinais de alerta para todas as arboviroses e indicam a necessidade de atendimento imediato:
“É muito importante que ela procure aí sim uma porta de urgência, ou seja, uma unidade de pronto atendimento, um hospital que faz um atendimento de urgência, porque horas fazem a diferença para um desfecho favorável.”
Na chikungunya, a febre costuma começar de forma súbita e é acompanhada por dores intensas nas articulações, principalmente nas mãos e pés. Essas dores podem durar semanas, meses ou até anos, comprometendo a qualidade de vida.
Já a zika costuma causar febre mais baixa e se caracteriza por manchas vermelhas na pele com coceira (exantema), além de conjuntivite não purulenta (olhos vermelhos, mas sem secreção). Em gestantes, a infecção por Zika pode causar complicações graves, como microcefalia e outras alterações neurológicas no bebê.
Fabiano reforça a importância de procurar uma unidade de saúde já nos primeiros sintomas: “Mesmo nos períodos de baixa transmissão, sempre a população que está com febre, dor no corpo, dor nas articulações, procure a unidade de saúde, porque sempre é importante pensar que pode ser um caso de dengue, de chikungunya ou de zika vírus, e a conduta é sempre indicada.”
O gestor também alerta para os riscos da automedicação: “Por isso que a gente insiste que dengue, chikungunya, elas não são doenças que a pessoa pode se automedicar. É muito importante que ela procure uma unidade de saúde aos primeiros sintomas.”
Para mais informações sobre zika, chikungunya, dengue e outras arboviroses, acesse gov.br/mosquito ou ligue para o OuvSUS, no número 136.
A dengue pode evoluir para formas graves que exigem atenção médica urgente. A campanha nacional de enfrentamento à dengue e outras arboviroses intensifica o alerta para os sinais que indicam que a doença está se agravando e reforça a importância de procurar imediatamente uma unidade de saúde para evitar hospitalizações e, principalmente, reduzir o risco de óbito. Reconhecer esses sinais é crucial para uma intervenção rápida e eficaz.
A progressão da dengue para um quadro grave pode ser silenciosa nos primeiros dias, mas alguns sintomas demandam atenção imediata.
Fabiano Geraldo Pimenta Junior, secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), destaca os principais sinais de alerta: "Dor abdominal intensa, vômitos persistentes, tonteiras, queda de pressão, que a pessoa percebe que está acontecendo alguma coisa, que ela teve uma alteração da pressão. Isso é, se for sábado, se for domingo, se for à noite, não esperar a unidade de saúde, abrir na segunda-feira, é procurar uma emergência."
Sinais de alerta da dengue grave:
O secretário adjunto também enfatiza a vulnerabilidade de alguns grupos: "A gente chama a atenção, para aquelas pessoas que têm diabetes, hipertensão, idosos. Para aquelas pessoas que têm alguma doença que nós chamamos de doenças com problemas no sistema imunológico, então, é muito importante que isso seja observado, porque esses sinais de alertas exigem um cuidado muito mais urgente."
Ao identificar qualquer um desses sinais de alerta, a recomendação é clara: não espere e procure imediatamente um serviço de urgência, como uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou um hospital. O tempo é um fator fundamental para evitar complicações graves e aumentar as chances de recuperação.
A busca por atendimento médico já nos primeiros sintomas da dengue também é essencial para tratamento adequado e para evitar que a doença evolua para formas graves. Conforme orienta Fabiano Pimenta: "Ao sentir febre, dor no corpo ou nas articulações, procure a unidade de saúde para uma primeira avaliação."
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A dengue, transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, pode evoluir rapidamente, tornando a atenção aos primeiros sinais e a adoção de cuidados básicos atitudes essenciais. A campanha nacional de enfrentamento à dengue e outras arboviroses destaca que a hidratação adequada e atendimento de um profissional de saúde oportuna são pilares fundamentais para um tratamento adequado e para evitar que a doença se agrave.
Hidratação
A hidratação oral desempenha um papel crucial no tratamento da dengue. Como explica o secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Fabiano Geraldo Pimenta Junior:
"Uma das principais características dessas arboviroses é fazer o que nós chamamos de um extravasamento do plasma do sangue, e isso leva a uma série de outras complicações. Então a hidratação rápida evita que essa questão aconteça e evita, portanto, o agravamento da doença."
Essa perda de líquidos para os tecidos pode causar desidratação, um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento das formas graves da dengue. Manter o corpo bem hidratado — com água, sucos naturais, chás e soro caseiro — ajuda a repor os fluidos perdidos e a garantir o bom funcionamento do organismo durante a infecção.
O secretário também faz uma ressalva importante sobre a individualização da hidratação: "Isso tem uma indicação de um profissional médico ou um enfermeiro da unidade de saúde que vai orientar os quantitativos mais indicados dessa hidratação que essa pessoa tem que fazer ao longo do tempo."
Não espere a dengue se agravar
Bucar atendimento de um profissional de saúde logo nos primeiros sinais da dengue é outra medida essencial para um tratamento adequado e para evitar que a doença se agrave. Conforme orienta Fabiano Geraldo Pimenta Junior: "No primeiro momento, começou com febre, dor no corpo, dor nas articulações, conhecendo também se no seu ambiente de trabalho, se na sua vizinhança está ocorrendo dengue ou chikungunya, procure a unidade de saúde para uma primeira avaliação."
Essa avaliação permite identificar a fase da dengue, acompanhar a evolução dos sintomas e orientar sobre os cuidados necessários, incluindo a hidratação adequada. O profissional de saúde também poderá reconhecer precocemente os sinais de alarme que indicam a necessidade de um tratamento mais intensivo.
"O objetivo é tratar da maneira mais simples possível, e isso significa procurar a unidade de saúde de maneira precoce, evitando complicações, necessidades de internação hospitalar, que são evitáveis e que, muitas vezes, podem complicar outras situações da pessoa, como, por exemplo, agravamento da situação de insuficiência cardíaca, agravamento da situação de doença renal crônica. Então, os benefícios são totais", completa o secretário.
Ao surgirem os primeiros sintomas — como febre, dor de cabeça e/ou atrás dos olhos, manchas vermelhas no corpo —, não hesite em procurar a unidade de saúde mais próxima. A combinação entre hidratação adequada, sob orientação profissional, e atendimento médico precoce é fundamental para garantir uma recuperação segura e proteger a saúde.
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Em 2025, o Brasil segue vigilante na luta contra a dengue. Apesar da recente queda no número de casos, segundo dados do Ministério da Saúde, reconhecer os sintomas desde o início continua sendo uma das principais formas de evitar complicações. A campanha nacional reforça: estar atento aos sinais que o corpo emite e procurar um serviço de saúde logo no surgimento dos primeiros sintomas é essencial para um tratamento adequado e para que a doença não se agrave.
O cenário atual, marcado pelas mudanças climáticas e pela circulação de diferentes tipos do vírus, exige que a população esteja bem informada sobre como a doença se manifesta. Saber identificar os primeiros sintomas e quais os sinais de alarme para a dengue grave é fundamental para obter um tratamento adequado.
Sintomas iniciais
Nos primeiros dias, a dengue pode se apresentar com diversos sinais. Fique atento a:
O secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Fabiano Geraldo Pimenta Junior, alerta: “Mesmo nos períodos de baixa transmissão, sempre a população que está com febre, dor no corpo, dor nas articulações, procure a unidade de saúde, porque sempre é importante pensar que pode ser um caso de dengue, de chikungunya ou de zika vírus, e a conduta é sempre indicada.”
Sinais de alarme
Em alguns casos, a dengue pode evoluir rapidamente para formas mais graves. Ao perceber qualquer um desses sinais, beba bastante água, não tome remédios por conta própria e procure um serviço de saúde imediatamente:
O secretário faz um alerta especial para os grupos mais vulneráveis, como idosos, pessoas com doenças crônicas (diabetes, hipertensão) e indivíduos com baixa imunidade: “Para aquelas pessoas que têm diabetes, hipertensão, idosos, aquelas pessoas que têm alguma doença que nós chamamos de doenças com problemas no sistema imunológico, então isso é muito importante que isso seja observado, porque esses sinais de alertas exigem um cuidado muito mais urgente.”
A campanha do Ministério da Saúde reforça: não subestime os alertas do organismo. A demora na busca por atedimentopode aumentar o risco de agravamento e, em casos extremos, levar à morte.
Percebeu algum sintoma? Beba bastante água, não tome remédios por conta própria e procure o serviço de saúde mais próximo. O atendimento precoce é a melhor forma de garantir um tratamento adequado e evitar que a doença se agrave.
Para informações atualizadas e confiáveis sobre a dengue e outras arboviroses, acesse:gov.br/mosquito.
Para mais informações, acesse gov.br/mosquito ou ligue para o OuvSUS no 136.
Neste episódio a infectologista, Fernanda Descio, fala sobre o que fazer em casos de dengue
Com a epidemia de dengue no Brasil, é crucial saber identificar a doença. Se você apresentar sintomas como febre alta, dores no corpo e nas articulações, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, vômitos, náuseas e manchas vermelhas pelo corpo procure um serviço de saúde ou um médico para definir o diagnóstico.
O diagnóstico da dengue é primeiramente clínico, baseado na história do paciente, nos sintomas que ele apresenta e no exame físico realizado durante a avaliação médica. Existem também exames laboratoriais que podem auxiliar nesse processo, como o hemograma.
A dengue é uma doença causada por um vírus, não existe um remédio, até o momento, capaz de matar esse vírus. O tratamento se baseia em medicações de suporte até que o nosso sistema de defesa elimine o vírus, e o principal tratamento é a hidratação, que deve ser feita com bastante atenção.
É muito importante saber que NÃO se pode fazer o uso de anti-inflamatórios, como o diclofenaco por exemplo, por conta do risco de sangramentos. Em caso de pessoas com doenças crônicas, que fazem uso de aspirina ou algum anticoagulante, devem procurar o seu médico para avaliar se será necessário ajuste na medicação. Em caso de febre ou dor, você pode tomar dipirona ou paracetamol.
Primeiramente, você deve saber de tem algum sinal de alerta, que são:
Na presença de qualquer um desses sinais de alarme, você deve procurar um serviço de emergência para avaliação.
Mesmo já estando contaminado com a dengue, devemos utilizar repelentes e também manter a busca e eliminação de focos de dengue, como a água parada em casa ou nas proximidades.
Além disso, a dengue tem quatro tipos diferentes, então mesmo após uma infecção por dengue ainda é possível ser contaminado novamente por outro sorotipo, por isso manter os cuidados de prevenção continua sendo muito importante, como o uso de repelentes, roupas compridas, telas e mosquiteiros para crianças pequenas e eliminar os focos da dengue.
Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda no youtube.
Um investimento de mais de R$ 1,5 bilhão para controlar e combater o mosquito da dengue. Esse é o objetivo do Ministério da Saúde para evitar que 2025 seja tão desafiador como foi este ano, no controle da doença. Segundo a pasta, foram mais de 6,5 milhões de casos, com 5.720 mortes em 2024.
Estados, municípios e o DF vão receber 50% a mais do que foi investido no ano passado. A aposta para reduzir os casos da doença com a ajuda de novas tecnologias, como o método Wolbachia — que consiste em usar uma bactéria que vive em muitos insetos para controlar populações de mosquitos, especialmente os transmissores de doenças como a dengue, zika e chikungunya.
O método, que já foi usado em cidades como Niterói — a primeira cidade 100% protegida pelo Wolbachia, implantado na região em 2014 — Rio de Janeiro, Campo Grande (MS), Petrolina (PE), Belo Horizonte (MG), será expandido para outras cidades.
O investimento em prevenção também prevê a criação de mais estações disseminadoras de larvicidas, inseticidas e biolarvicidas, além do uso de mosquitos estéreis. Segundo o Ministério da Saúde informou em nota, os recursos vão sendo distribuídos conforme a solicitação dos estados.
Para prevenir casos mais graves da doença, a vacinação continua nos postos de saúde para o público entre 10 e 14 anos, com duas doses do imunizante.
Mais de um terço das cidades — 1.921 municípios — já receberam a vacina contra a dengue. Até hoje, já foram distribuídas 6,5 milhões de doses, suficientes para vacinar 3,2 milhões de crianças e adolescentes. Outras 9,5 milhões de doses já foram contratadas para o ano que vem.
Outra aposta do Ministério é no apoio da sociedade para o combate ao mosquito — já que a participação de todos é fundamental para a eliminação dos focos — que continua sendo a forma mais efetiva de evitar a doença. Para isso, o ministério lançou a campanha nacional de conscientização, que incentiva a população a dedicar 10 minutos por semana para controlar os focos do Aedes Aegypti.
Outra ação fundamental no controle do mosquito é que a população faça busca por possíveis focos em casa, toda semana. Usar repelentes e telas mosquiteiras em portas e janelas também são medidas que ajudam a reduzir o número de infecções pela doença.
Brasil passa de 4,1 milhões de casos prováveis da doença em 2024
De acordo com o Ministério da Saúde, foram distribuídas até a última sexta-feira (26), cerca de 1,7 milhão de doses de vacina contra a dengue — e, dessas, 814.698 foram aplicadas no público-alvo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ao todo, 1.330 municípios brasileiros já foram contemplados.
A pasta informou que, neste ano, o Brasil receberá 5,2 milhões de doses, além de uma doação de 1,3 milhão de doses, para completar o esquema vacinal de mais de 3 milhões de pessoas.
Até essa terça (30) o país havia registrado 4,1 milhões de casos prováveis de dengue, 1.937 mortes confirmadas e 2.345 estão em investigação.
A fisioterapeuta Cynara Ferreira, que mora em Salvador, conta que teve um quadro grave de dengue e precisou ficar quatro dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
“É uma doença muito ruim. Os sintomas são bem pesados e o medo da gente da gente ter um tipo mais grave da doença é iminente. A minha apresentação foi com sinal de alarme para sangramento. Então eu fiquei muito mal, tive prostração, febre, dor de cabeça, fiquei com inapetência generalizada, não conseguia comer nem beber nada”, lembra.
Na ordem, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo e Goiás apresentam maiores coeficientes de incidência — taxa que estima o risco de ocorrência de casos em uma determinada população, considerando 100 mil habitantes (confira imagem abaixo).
Segundo o último boletim epidemiológico do Distrito Federal, divulgado no último dia 20, até a semana 16 foram 236.579 casos prováveis de dengue — um aumento de 1.491,8% em residentes no DF se comparado ao mesmo período do ano passado.
Já a cobertura vacinal do público-alvo no Distrito Federal ficou em 30,3%, até o dia 15 de abril. Ao todo 78.253 doses foram aplicadas.
Em Minas Gerais, já são 1.226.333 casos prováveis. Desse total, 556.480 casos foram confirmados para a doença. Até 29 de abril, a secretaria estadual de saúde contabilizou 324 mortes por dengue — e 769 em investigação.
Já no estado de São Paulo — o que concentra o maior número de mortes (468) e casos graves (9.006), em 2024 — até a última quinta-feira (25), 61.586 doses da vacina foram aplicadas em crianças de 10 a 14 anos, atingindo uma cobertura de 30,8%. Já nas regiões de saúde Aquífero Guarani, Metropolitana de Campinas, São José do Rio Preto e capital paulista, foram 4.479 doses aplicadas em crianças de 10 a 14 anos, com uma cobertura de 1,7%.
Em todo o país, a faixa etária mais atingida é a de adultos entre 20 e 29 anos. A infectologista Joana Gonçalves explica por que as arboviroses acometem mais pessoas nesta faixa.
“O adulto jovem se expõe mais, ele vai em camping, em região de mata, ele vai no habitat onde a gente tem circulando diversos vírus. Então a possibilidade de infecção, de adoecimento é maior em quem se expõe ao risco. Então, geralmente é esse o cenário”, analisa.
Confira a imagem abaixo:
O Ministério da Saúde destinou R$ 140 milhões para apoiar estados e municípios no enfrentamento das arboviroses. Acre, Amapá, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro foram contemplados com recursos após declarar emergência.
Para o cálculo da destinação dos recursos são considerados fatores como quantidade de equipes, programas e serviços da área cofinanciados pela Atenção Primária dos municípios.
Operações com Método Wolbachia devem iniciar em 2025 em Belo Horizonte
O Brasil registrou 131.900 casos prováveis de dengue na última semana epidemiológica de abril (semana 16), o que representa uma queda de 55% em relação à semana anterior, de acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.
Mesmo com a redução, o número de casos prováveis da doença neste ano já é mais que o dobro do que o registrado em todo o ano passado: 1.649.144.
Até o momento, 1.937 pessoas morreram por causa da dengue no país em 2024 e outras 2.345 mortes estão em investigação. O Distrito Federal (8320,7) lidera a lista dos maiores coeficientes de incidência — taxa que estima o risco de ocorrência de casos em uma determinada população, considerando 100 mil habitantes — com 234.400 casos prováveis. Em seguida, vem Minas Gerais (5795,3), com 1.190.280 casos prováveis e Paraná (3463,8), com 396.367 — todos acima do coeficiente nacional, que é de 1931,1.
Para aumentar o combate a doenças causadas pelo Aedes aegypti, na tarde desta segunda-feira (29), foi inaugurada em Belo Horizonte a biofábrica do Método Wolbachia, pelo Ministério da Saúde, em parceria com o governo de Minas Gerais e a prefeitura da cidade. A administração será da Fiocruz, em parceria com o World Mosquito Program (WMP), instituição que detém a patente da tecnologia.
O método consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que impede que os vírus da dengue, Zika e chikungunya se desenvolvam no inseto. A partir disso, é criada uma nova população de mosquitos, todos com a bactéria — os chamados de Wolbitos —, que não são geneticamente modificados e não transmitem doenças.
A unidade será responsável pela manutenção do ciclo completo dos mosquitos. A previsão é de que a operação seja iniciada em 2025 e a estimativa de produção é de dois milhões de mosquitos por semana. Na primeira fase, os insetos serão soltos na cidade de Brumadinho e em outros 21 municípios da Bacia do Rio Paraopeba.
A aplicação do Método Wolbachia em Niterói, no Rio de Janeiro, mostrou uma redução de 69,4% dos casos de dengue, 56,3% nos casos de chikungunya e 37% nos casos de Zika na cidade, segundo o Ministério da Saúde.
Em partes da capital mineira a tecnologia já havia sido testada com a liberação de mosquitos. A primeira etapa, na região de Venda Nova, foi finalizada em janeiro de 2021 e uma expansão foi finalizada em 2023. A nova biofábrica fica no bairro Gameleira, região oeste da capital mineira e tem 4 mil m².
Participaram da solenidade de conclusão da obra o Governo de Minas Gerais, o Ministério Público (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública (DPMG), além de representantes do Ministério da Saúde e do World Mosquito Program (WMP) Brasil/Fiocruz.
Dos casos reportados, 55,4% correspondem a mulheres e 44,6% a homens
Até o momento, o Brasil contabilizou cerca de 2.573.293 casos prováveis de dengue, resultando em 923 mortes associadas ao vírus. Dos casos reportados, 55,4% correspondem a mulheres e 44,6% a homens. Os maiores índices de casos prováveis estão concentrados em sete estados, além do Distrito Federal, com Minas Gerais liderando com 832.393 casos, seguido por São Paulo com 535.316 e Paraná com 246.444.
Hemerson Luz, infectologista, atribui o aumento de casos da doença no começo do ano a uma combinação de fatores, destacando-se o aumento da temperatura e o acúmulo de chuvas. Essas condições climáticas favorecem a criação de ambientes propícios para a proliferação do mosquito transmissor da dengue.
O especialista, porém, destaca que a diminuição da temperatura — com o final do verão e a diminuição do volume de chuvas — poderá contribuir com a diminuição dos casos de dengue.
“Para evitar outros casos, outras contaminações, o ideal é evitar aqueles objetos que venham acumular água nos terrenos baldios, nos quintais e também usar repelente durante o dia. Lembrando que se você enxergar mosquito dentro da sua casa, o transmissor da dengue, é porque deve ter alguma coleção de água em pelo menos um perímetro de 200 metros, que é a autonomia do mosquito”, explica.
Tatiana Araújo, estudante de 24 anos e moradora de Brasília, conta sua experiência com a dengue, destacando que os primeiros sintomas foram as pintinhas pelo corpo que inicialmente eram leves, mas se intensificaram causando coceira. Ela também teve febre alta e fortes dores de cabeça.
“Para evitar a proliferação do mosquito, são as mesmas medidas que eu tomava, inclusive antes de pegar. Que é evitar deixar água parada. Evitar o acúmulo de água na calha e também colocamos um produto químico para evitar a proliferação do mosquito”, relata.
De acordo com o Ministério da Saúde, pelo menos um terço das doses enviadas aos 521 municípios foram aplicadas até agora. Das 1.235.119 doses distribuídas, 534.631 foram registradas como aplicadas, enquanto 700.488 ainda não tiveram esse registro.
O governo recebeu uma nova remessa — com 930 mil doses — que serão distribuídas para os 521 municípios anteriormente selecionados e para os 154 previstos na ampliação. Dessa forma, será possível garantir que a vacinação continue, sem que haja falta do imunizante.
O grupo prioritário para essa fase de vacinação é de jovens de 10 a 14 anos.
Em relação aos casos prováveis de Zika e Chikungunya, foram registrados 1.318 e 115.441 casos, respectivamente. Quanto às mortes, não há registros por Zika, enquanto a Chikungunya resultou em 46 mortes confirmadas, com outras 71 ainda sob investigação.